quarta-feira, 10 de julho de 2013

7º. Ano

MÓDULO 4 – O RURAL E O URBANO: AS DUAS FACES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO

As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil

                O espaço geográfico é formado pelo espaço urbano e também pelo espaço rural. O espaço urbano é composto por vilas, povoados e cidades dos mais variados tamanhos. O espaço rural é formado por lavouras, pastagens e ecossistemas naturais preservados.
                No espaço rural encontramos pequenas propriedades onde são desenvolvidos pequenos cultivos, mas encontramos também imensas fazendas onde são cultivadas enormes lavouras com o uso de tratores, colheitadeiras, adubos, fertilizantes, irrigação etc.
                No espaço urbano encontramos vilas, povoados e pequenas cidades com algumas centenas ou milhares de habitantes até cidades enormes que abrigam milhões de pessoas.

Rural e urbano: espaços que se complementam

                Apesar de o espaço rural (campo) e o urbano (cidade) estarem separados espacialmente, eles mantêm muitas relações entre si. A ocorrência de uma seca prolongada ou uma forte geada compromete a produção de alimentos no espaço rural, fazendo aumentar o preço desses produtos nas feiras, mercados e supermercados do espaço urbano. Outro exemplo: as pessoas que vivem no campo (espaço rural) precisam vir à cidade (espaço urbano) para comprarem ferramentas e utensílios que são utilizados no campo.
                O campo e a cidade estão cada vez mais interligados pelas atividades econômicas que cada um desses espaços desenvolve, ou seja, as atividades econômicas praticadas no campo dependem das atividades realizadas na cidade e vice-versa. Veja o quadro abaixo:


A indústria orienta a organização do espaço rural

                Mesmo que o espaço urbano e o espaço rural dependam um do outro, a produção do campo acaba se subordinando às necessidades da indústria.
                De maneira geral, a indústria expande (cresce) motivada pelo aumento do consumo da população urbana. À medida que a indústria cresce, ela passa a necessitar cada vez mais de matérias-primas agrícolas, estimulando o campo a produzir gêneros para abastecer as fábricas.
                Se uma indústria de açúcar se instala na cidade, a maioria dos produtores rurais substitui seus cultivos ou pastagens por canaviais, cuja produção abastecerá as necessidades da indústria açucareira.
                Para suprir o crescente aumento das necessidades da indústria, o campo precisa fornecer um volume cada vez maior de matérias-primas. Para aumentar a produção de suas lavouras, o campo precisa se modernizar através de fertilizantes, adubos químicos, tratores e colheitadeiras. Para aumentar a produção do rebanho, o campo passa a comprar das indústrias vacinas, medicamentos e rações.
                No Brasil e, sobretudo no centro-sul do país, a modernização do campo vem ocorrendo desde as décadas de 1960 e 1970. A modernização do campo ocorre em função do desenvolvimento de pesquisas agropecuárias, pela instalação de indústrias ligadas ao campo (fábricas de tratores, implementos agrícolas, fertilizantes, adubos) e também pela expansão das agroindústrias e cooperativas agrícolas.
                As agroindústrias são empresas particulares que se destinam à industrialização de produtos agropecuários (usinas de açúcar e álcool; vinícolas (vinho); de suco concentrado; óleo vegetal; farinha; torrefação de café; laticínios; frigoríficos, dentre outras).

Fonte:


GARCIA, Valquíria Pires; BELLUCI, Beluce. Projeto Radix: geografia, 7º. ano. São Paulo: Scipione, 2009. pp. 84-93.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

9º. Ano

MÓDULO 4 – A AÇÃO HUMANA, A DINÂMICA NATURAL E AS QUESTÕES AMBIENTAIS
Os impactos ambientais estão alterando a dinâmica natural do planeta

                O aprimoramento das técnicas permitiu a sobrevivência do homem nos mais diversos lugares da superfície terrestre, inclusive nos lugares mais inóspitos do planeta (desertos, regiões geladas, florestas, montanhas). Esse aperfeiçoamento das técnicas ampliou o ritmo e a intensidade da ação do homem sobre o planeta.
                É através de seu trabalho que o homem age sobre espaço, explorando os recursos naturais do planeta e transformando os locais onde atua. Essa exploração dos recursos naturais provocou o surgimento e o agravamento dos problemas ambientais.
                São vários os problemas ambientais (impactos) que afetam os mais diferentes lugares da superfície terrestre, mas podemos citar:

- poluição do ar;
- poluição das águas;
- desmatamento;
- queimadas;
- chuvas ácidas;
- buraco na camada de ozônio;
- redução dos mananciais de água potável;
- extinção de seres vivos.

                À medida que os problemas ambientais se intensificam, seus efeitos passaram a ter consequências não apenas local e regional, mas também em escala global. Um exemplo são os gases tóxicos lançados pelas indústrias e escapamentos de veículos que são lançados na atmosfera e poluem o ar nos grandes centros urbanos, mas esses gases contribuem para o aumento do efeito estufa que interfere diretamente no clima do planeta.
                As agressões ao meio ambiente geram sérios impactos que afetam direta e indiretamente a dinâmica natural do planeta e os mecanismos que regulam e sustentam a vida na Terra. Pode-se dizer que vivemos uma intensa crise ambiental.

PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS

CHUVA ÁCIDA

                A chuva ácida é provocada pela produção de gases lançados na atmosfera, sobretudo o dióxido de enxofre (SO2) e o óxido nítrico (NO2), que se combinam com o vapor d’água presente na atmosfera e formam chuvas com teor de ácido sulfúrico (H2SO4) e ácido nítrico (HNO3). Há agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo, os vulcões. A atividade humana, contudo, é a principal causadora do fenômeno. Indústrias, usinas termoelétricas e veículos de transporte (que utilizam combustíveis fósseis) produzem subprodutos que se agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.
Devemos lembrar, contudo, que os poluentes, carregados pelos ventos, podem viajar milhares de quilômetros, provocando chuvas ácidas em locais muito distantes das fontes poluidoras.
A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca. Nos centros urbanos, pode deteriorar estruturas metálicas e construções.
Algumas medidas podem atenuar a formação de chuva ácida: economia de energia, uso de transporte coletivo, criação e uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, etc.


DESMATAMENTO

O desmatamento é uma das intervenções humanas que mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios danos ao clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica os ecossistemas e leva à extinção de centenas de espécies.
Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa. Portanto, quando o homem derruba florestas, também intensifica o problema do aquecimento global.
Dentre outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.
As políticas de reflorestamento, muito comentadas nos dias atuais, são apenas soluções parciais, pois, ainda que ajudem a conter o aquecimento global, dificilmente conseguirão recuperar a biodiversidade das regiões afetadas.




EFEITO ESTUFA

O efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários (15o C) à preservação da vida. Se não houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra apresentaria temperaturas médias abaixo de -10o C.
O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o aquecimento global.
Para se discutir o problema e encontrar soluções, várias reuniões internacionais têm sido realizadas. O principal documento aprovado até agora é o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, que estabelece metas de redução dos gases para diferentes países.




AQUECIMENTO GLOBAL

Trata-se do aumento da temperatura média da superfície terrestre. Alguns cientistas acreditam que, em breve, as temperaturas médias poderão estar entre 1,4o C e 5,8o C mais altas, quando comparadas às temperaturas de 1990.
Segundo alguns pesquisadores, o aquecimento global ocorre em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente os derivados da queima de combustíveis fósseis. Esses gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes de difícil dispersão, provocando o efeito estufa. Entre as principais consequências do aquecimento global, os cientistas apontam:

a) aumento do nível dos oceanos, provocado pelo derretimento das calotas polares, o que pode provocar, no futuro, a submersão de cidades litorâneas;

b) desertificação: o aumento da temperatura somado ao desmatamento provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando os ecossistemas e, muitas vezes, criando desertos;

c) ampliação do número de furacões, tufões e ciclones (a maior evaporação das águas dos oceanos potencializa esses fenômenos);

d) surgimento de violentas ondas de calor, o que pode provocar a morte de idosos, crianças e várias espécies de animais.




BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

O gás ozônio (O3) envolve a Terra na forma de uma frágil camada que protege a vida da ação dos raios ultravioleta (emitidos pelo Sol). Os raios ultravioleta causam mutações nos seres vivos, modificando as moléculas de DNA. Em seres humanos, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele e afetar o sistema imunológico.
Nos últimos anos, contudo, cientistas detectaram um "buraco" na camada de ozônio, exatamente sobre a Antártida, o que deixa sem proteção uma área de cerca de 30 milhões de km2.
Pesquisadores acreditam que o gás clorofluorcarbono (CFC) é o principal responsável pela destruição da camada de ozônio. Esse gás é utilizado em aparelhos de refrigeração, sprays e na produção de materiais como, por exemplo, o isopor. Ao chegar à atmosfera, o CFC entra em contato com grande quantidade de raios ultravioleta, que quebram as moléculas de CFC e liberam cloro. Este, por sua vez, rompe as moléculas de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). Ocorre que esses dois gases não são eficientes para proteger a Terra dos raios ultravioleta.
Em 1985, vários países assinaram a Convenção de Viena - e, dois anos depois, o Protocolo de Montreal -, se comprometendo a diminuir a produção de CFC.





ILHAS DE CALOR

Ilhas de calor é o nome que se dá a um fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nestas cidades, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas.
Para entendermos melhor este fenômeno climático, podemos usar como exemplo a cidade de São Paulo que é considerada uma ilha de calor. Como esta cidade tem grande concentração de asfalto (ruas, avenidas) e concreto (prédios, casas e outras construções), ela concentra mais calor, fazendo com que a temperatura fique acima da média dos municípios da região. A umidade relativa do ar também fica baixa nestas áreas.



INVERSÃO TÉRMICA

Este fenômeno climático ocorre principalmente nos grandes centros urbanos, regiões onde o nível de poluição é muito elevado. A inversão térmica ocorre quando há uma mudança abrupta de temperatura devido à inversão das camadas de ar frias e quentes.
Como ocorre a inversão térmica? A camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando numa região próxima a superfície terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, por ser mais leve, fica numa camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes.
Este fenômeno climático pode ocorrer em qualquer dia do ano, porém é no inverno que ele é mais comum. Nesta época do ano as chuvas são raras, dificultando ainda mais a dispersão dos poluentes, sendo que o problema se agrava.
Este fenômeno afeta diretamente a saúde das pessoas, principalmente das crianças, provocando doenças respiratórias, cansaço entre outros problemas de saúde. Pessoas que possuem doenças como, por exemplo, bronquite e asma são as mais afetadas com esta situação.




POLUIÇÃO SONORA

A poluição sonora tem vários fatores desencadeantes: o barulho é emitido principalmente por veículos automotores (caminhão, ônibus, carros, motos, carros de propaganda), na construção civil na qual os trabalhadores produzem sons o tempo todo e por vendedores ambulantes.
 Esse conjunto de emissores de sons funcionando simultaneamente alcança elevados índices, apesar das pessoas não terem conhecimento e muitas vezes não perceberem, devido ao convívio diário com o barulho. A poluição sonora pode causar problemas de saúde, como neurose e a perda gradativa da audição.


POLUIÇÃO VISUAL

Dá-se o nome de poluição visual ao excesso de elementos ligados à comunicação visual (como cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc.) dispostos em ambientes urbanos, especialmente em centros comerciais/shoppings centers e de serviços.
O modelo econômico capitalista, com os atuais padrões de produção, promove o incentivo exacerbado ao consumo. As propagandas publicitárias são uma forma de instigar a população ao consumismo. No entanto, essas propagandas espalhadas pela cidade atuam de forma prejudicial, escondendo a arquitetura original da cidade, gerando cansaço visual e até desencadeando acidentes no trânsito devido ao desvio de atenção dos motoristas e pedestres.
                Diferentemente dos outros tipos de poluição, como atmosférica, das águas, do solo e sonora, que geram problemas mais perceptíveis, a poluição visual gera transtornos, principalmente psicológicos, que muitas vezes não são notados pelas pessoas.




Fonte:

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira. Poluição visual. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/poluicao-visual.htm>. Acesso em: 05 jul. 2013.

FREITAS, Eduardo de. Poluição sonora e visual. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/poluicao-sonora-visual.htm>. Acesso em: 05 jul. 2013.

Ilhas de calor e inversão térmica. Disponível em: <http://planetaterra2010.wordpress.com/2009/01/31/ilhas-de-calor-e-inversao-termica/>. Acesso em: 05 jul. 2013.

Poluição visual. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_visual>. Acesso em: 05 jul. 2013.

Problemas ambientais. Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/problemas-ambientais.jhtm>. Acesso em 05 jul. 2013.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Gabarito

Professores,

Se desejarem modelos de avaliação dos Módulos 2 e 3 (7º. e 9º. Ano), favor enviar e-mail.




sexta-feira, 31 de maio de 2013

O planeta Terra

A Terra e seus movimentos

Apesar deste tema não estar contemplado no CBC de Geografia para o segundo segmento do Ensino Fundamental, resolvi fazer este objeto de aprendizagem (OA) como um teste no Xerte. Acredito que ele possa ser útil aos professores de Ciências, mas nada impede que os professores de Geografia o possam utilizá-lo. Este OA é de fácil navegação, totalmente intuitivo.

Brevemente estarei tentando postar um OA construído no Xerte.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

9º. Ano

WEBQUEST SOBRE CULTURA, NATUREZA E SOCIODIVERSIDADE

Os alunos deverão resolver e entregar a webquest abaixo:






domingo, 12 de maio de 2013

7º. Ano



MÓDULO 3 – A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Brasil, um país populoso

                Ao estudar a população de determinado lugar, como um município, um estado, um país, um continente ou até mesmo do mundo inteiro, podemos conhecer várias informações sobre as pessoas que vivem nesse lugar:
·         como estão distribuídas pelo território;
·         quais suas condições de vida;
·         qual seu nível de escolaridade;
·         qual sua taxa de crescimento natural, dentre outras informações.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população absoluta do Brasil é composta por 190.732.694 pessoas (Censo 2010).
Se compararmos a população absoluta do Brasil com a de outros países, podemos dizer que o Brasil é um país populoso. Observe no mapa abaixo quais são e onde se localizam os cinco países mais populosos do mundo:


                Agora, responda às seguintes questões com base no mapa anterior:

1)      Qual é o país mais populoso do mundo?
2)      Qual é o terceiro país mais populoso do mundo?
3)      E o Brasil? Está em qual colocação?

Como a população brasileira cresceu?


                Até meados do século XIX, a população brasileira cresceu de maneira bastante lenta. No período colonial, o número de portugueses que vieram para o Brasil não foi grande. Muitos dos africanos que vieram como escravos acabavam morrendo devido aos maus-tratos que sofriam. A população indígena também diminuía, devido às lutas com os portugueses ou em função das doenças trazidas pelos portugueses.
                A população brasileira começou a crescer mais rapidamente a partir do final do século XIX, quando os imigrantes começaram a chegar ao país. Em apenas 50 anos (cinco décadas), entram 4 milhões de imigrantes no Brasil.
                Por volta de 1930, o governo brasileiro passou a dificultar a entrada de estrangeiros no Brasil e, com isso, os fluxos imigratórios (entrada de imigrantes) começaram a diminuir. Desde essa época, a imigração passou a contribuir de forma muito reduzida para o crescimento da população brasileira.

O crescimento natural da população brasileira

                Além da imigração (que ocorreu até 1930), o crescimento da população brasileira ao longo do século XX ocorreu devido ao crescimento natural da população.
                O crescimento natural da população brasileira é também chamado de crescimento vegetativo. O crescimento vegetativo acontece quando o número de pessoas que nascem (taxa de natalidade) é maior que o número de pessoas que morrem (taxa de mortalidade).


O crescimento natural da população brasileira tornou-se mais elevado a partir de 1940, devido à diminuição da taxa de mortalidade. Os novos medicamentos, as campanhas de vacinação, a expansão da assistência médico-hospitalar e a ampliação do saneamento básico (água tratada e rede de esgoto).
Nessa época, as doenças que mais se alastravam, provocando grande número de mortes eram: sarampo, tuberculose, tétano, cólera e febre amarela.
A população brasileira cresceu rapidamente no século passado, mas apresenta um ritmo de crescimento cada vez menor nas últimas décadas, pois na atualidade as famílias optaram por terem menos filhos. Na década de 1960, as mulheres tinham, em média, 6 filhos. Atualmente, as mulheres têm cerca de 2 filhos.

POR QUE AS MULHERES PASSARAM A TER MENOS FILHOS?

Para entender os motivos que levaram as mulheres a terem menos filhos é preciso compreender as mudanças pelas quais nossa sociedade passou nas últimas décadas:
1)      A mudança da zona rural para as cidades (a partir da década de 1970), aumentou o custo de vida das famílias (alimentação, vestuário, saúde, educação, transporte, moradia);
2)      Entrada da mulher no mercado de trabalho. Como era difícil as mulheres grávidas conseguirem emprego, elas optavam por terem cada vez menos filhos;
3)      Realização de campanhas de controle da natalidade fez aumentar o número de esterilizações entre as mulheres (laqueadora) e os homens (vasectomia);
4)      Popularização dos métodos contraceptivos (pílulas anticoncepcionais, preservativos).


A pluralidade cultural do povo brasileiro

                Os brasileiros possuem uma cultura extremamente rica e diversificada. Quando falamos em cultura, não estamos nos referindo ao conhecimento das pessoas, mas aos aspectos que dão identidade a um povo: língua, jeito de falar, de vestir, religiões praticadas, hábitos, costumes e tradições que são transmitidos de geração para geração.
                Essa pluralidade (diversidade) da cultura brasileira tem origem na formação da nossa população, que aconteceu a partir do encontro de diferentes povos: indígenas (nativos), portugueses (europeus), negros (africanos) e imigrantes (italianos, alemães, espanhóis, japoneses, árabes).
                Cada um desses povos deixou uma herança cultural que hoje está presente em nosso modo de vida:
1) portugueses: nos deixaram a língua, a religião católica e doces à base de leite e ovos;
2) indígenas: nos legaram o hábito de tomar banho diariamente, descansar em rede e utilizar alimentos preparados com a mandioca e o milho;
3) africanos: criaram a feijoada, o acarajé, o vatapá, a cocada;
4) italianos: nos deixaram a pizza, a macarronada, a lasanha e a polenta;
5) japoneses: nos apresentaram o sushi e o sashimi;
6) árabes: nos ensinaram a fazer quibes e esfirras.

Onde e como vivem os brasileiros

                O Brasil é um país populoso, ou seja, apresenta uma população numerosa. Entretanto, se distribuíssemos igualmente os brasileiros pelo território do país, encontraríamos apenas 22 brasileiros em cada quilômetro quadrado (21 hab/km2). Isso significa que a densidade demográfica (população relativa) brasileira é baixa. Alguns países possuem alta densidade demográfica: Bangladesh (1.064 hab/km2), Índia (345 hab/km2) e Japão (338 hab/km2).
                Para conhecer a densidade demográfica (população relativa) de um país basta dividir o número total de habitantes pela área total de seu território. Veja como calcular a densidade demográfica do Brasil:
·         Número total de habitantes: 190.736.694
·         Área total do território brasileiro: 8.514.876,5 km2


Dessa forma, podemos concluir que quanto maior o número de pessoas em um lugar, maior será a densidade demográfica desse lugar.

Por que a população brasileira está distribuída de maneira tão desigual pelo território?

                A população brasileira está distribuída de maneira desigual pelo território. Essa distribuição desigual está associada, principalmente, a fatores históricos econômicos.
                O processo de ocupação do território brasileiro pelos portugueses começou no início do século XVI, a partir do litoral. Assim, na faixa litorânea surgiram as primeiras cidades e se desenvolveram as atividades econômicas. O desenvolvimento da economia na região litorânea fez as cidades crescerem e se multiplicarem. Atualmente, 90% da população brasileira vive nessa região, onde estão concentradas as maiores cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
As áreas interioranas começaram a ser ocupadas de maneira mais efetiva a partir dos meados do século XX (1950) e as atividades econômicas estão ainda em sua fase inicial. Mesmo abrangendo quase a metade  do território brasileiro, o interior do Brasil abriga apenas 10% da população brasileira.

As migrações internas e o povoamento do interior do país

                O povoamento das regiões interioranas do Brasil, sobretudo as regiões Centro-Oeste e Norte, aconteceu por meio de fluxos migratórios que ocorreram a partir da segunda metade do século XX (1950).
                Nessas migrações, um imenso contingente populacional se deslocou das áreas mais povoadas do país (Nordeste, Sul e Sudeste) em direção às novas fronteiras agrícolas do cerrado (Centro-Oeste) e da floresta Amazônica (Norte). Essas migrações promoveram o rápido crescimento populacional dessas regiões que, até então, permaneciam como vazios demográficos (áreas quase despovoadas).
                O povoamento das regiões Centro-Oeste e Norte ocorreu a partir de três grandes fluxos migratórios:
·      Década de 1960: a pobreza de milhares de nordestinos levou grande quantidade deles a migrar em direção à Amazônia para trabalharem nas novas áreas agrícolas ou nos garimpos abertos no interior da floresta.
·      Décadas de 1960 e 1970: a construção da cidade de Brasília abriu milhares de postos de trabalho, atraindo milhares de nordestinos para a região Centro-Oeste.
·      Décadas de 1970 e 1980: o baixo preço das terras e a abertura de novas áreas de colonização agrícola atraíram grandes fluxos de gaúchos, catarinenses, paranaenses, paulistas e mineiros para o Centro-Oeste e Amazônia.

Brasil, país de grandes desigualdades sociais

                Uma das características mais marcantes da população brasileira é a existência de grandes desigualdades sociais. A desigualdade social pode ser facilmente observada na distribuição irregular da renda entre os brasileiros: alguns ganham muito e a maioria ganha pouco ou nada. Com isso verificamos a existência de bairros luxuosos ao lado de favelas, a existência de sofisticados shopping centers (onde se vendem grifes e produtos originais) e shoppings populares (onde se vendem mercadorias de “segunda linha”, não originais), automóveis importados e carros velhos, restaurantes requintados e restaurantes populares (onde se o cidadão pode comer com poucos reais no bolso), hospitais particulares com excelentes equipamentos e equipe médica, enquanto existem hospitais públicos que não têm sequer leitos para atender a população carente.
                A origem de tantas desigualdades sociais está relacionada ao modelo de desenvolvimento econômico implantado no Brasil desde o período colonial, onde a riqueza produzida no país fica concentrada nas mãos de uma pequena elite (grandes empresários, latifundiários e alguns políticos), enquanto a grande massa de trabalhadores, assalariada, vive em situação de pobreza, com rendimentos que não conseguem garantir sequer suas necessidades básicas de sobrevivência (alimentação, moradia, saúde, educação e vestuário).

A pirâmide etária brasileira vem mudando

                A estrutura etária (idade) da população brasileira vem mudando ao longo das últimas décadas. O país está passando por uma nova dinâmica demográfica, o que vem alterando a forma da pirâmide etária de nossa população em função das seguintes mudanças: redução no número de crianças e jovens (redução das taxas de natalidade), aumento da quantidade de adultos no conjunto da população (diminuição das taxas de mortalidade) e crescimento da quantidade de idosos na população (aumento da expectativa de vida).