sexta-feira, 31 de maio de 2013

O planeta Terra

A Terra e seus movimentos

Apesar deste tema não estar contemplado no CBC de Geografia para o segundo segmento do Ensino Fundamental, resolvi fazer este objeto de aprendizagem (OA) como um teste no Xerte. Acredito que ele possa ser útil aos professores de Ciências, mas nada impede que os professores de Geografia o possam utilizá-lo. Este OA é de fácil navegação, totalmente intuitivo.

Brevemente estarei tentando postar um OA construído no Xerte.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

9º. Ano

WEBQUEST SOBRE CULTURA, NATUREZA E SOCIODIVERSIDADE

Os alunos deverão resolver e entregar a webquest abaixo:






domingo, 12 de maio de 2013

7º. Ano



MÓDULO 3 – A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Brasil, um país populoso

                Ao estudar a população de determinado lugar, como um município, um estado, um país, um continente ou até mesmo do mundo inteiro, podemos conhecer várias informações sobre as pessoas que vivem nesse lugar:
·         como estão distribuídas pelo território;
·         quais suas condições de vida;
·         qual seu nível de escolaridade;
·         qual sua taxa de crescimento natural, dentre outras informações.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população absoluta do Brasil é composta por 190.732.694 pessoas (Censo 2010).
Se compararmos a população absoluta do Brasil com a de outros países, podemos dizer que o Brasil é um país populoso. Observe no mapa abaixo quais são e onde se localizam os cinco países mais populosos do mundo:


                Agora, responda às seguintes questões com base no mapa anterior:

1)      Qual é o país mais populoso do mundo?
2)      Qual é o terceiro país mais populoso do mundo?
3)      E o Brasil? Está em qual colocação?

Como a população brasileira cresceu?


                Até meados do século XIX, a população brasileira cresceu de maneira bastante lenta. No período colonial, o número de portugueses que vieram para o Brasil não foi grande. Muitos dos africanos que vieram como escravos acabavam morrendo devido aos maus-tratos que sofriam. A população indígena também diminuía, devido às lutas com os portugueses ou em função das doenças trazidas pelos portugueses.
                A população brasileira começou a crescer mais rapidamente a partir do final do século XIX, quando os imigrantes começaram a chegar ao país. Em apenas 50 anos (cinco décadas), entram 4 milhões de imigrantes no Brasil.
                Por volta de 1930, o governo brasileiro passou a dificultar a entrada de estrangeiros no Brasil e, com isso, os fluxos imigratórios (entrada de imigrantes) começaram a diminuir. Desde essa época, a imigração passou a contribuir de forma muito reduzida para o crescimento da população brasileira.

O crescimento natural da população brasileira

                Além da imigração (que ocorreu até 1930), o crescimento da população brasileira ao longo do século XX ocorreu devido ao crescimento natural da população.
                O crescimento natural da população brasileira é também chamado de crescimento vegetativo. O crescimento vegetativo acontece quando o número de pessoas que nascem (taxa de natalidade) é maior que o número de pessoas que morrem (taxa de mortalidade).


O crescimento natural da população brasileira tornou-se mais elevado a partir de 1940, devido à diminuição da taxa de mortalidade. Os novos medicamentos, as campanhas de vacinação, a expansão da assistência médico-hospitalar e a ampliação do saneamento básico (água tratada e rede de esgoto).
Nessa época, as doenças que mais se alastravam, provocando grande número de mortes eram: sarampo, tuberculose, tétano, cólera e febre amarela.
A população brasileira cresceu rapidamente no século passado, mas apresenta um ritmo de crescimento cada vez menor nas últimas décadas, pois na atualidade as famílias optaram por terem menos filhos. Na década de 1960, as mulheres tinham, em média, 6 filhos. Atualmente, as mulheres têm cerca de 2 filhos.

POR QUE AS MULHERES PASSARAM A TER MENOS FILHOS?

Para entender os motivos que levaram as mulheres a terem menos filhos é preciso compreender as mudanças pelas quais nossa sociedade passou nas últimas décadas:
1)      A mudança da zona rural para as cidades (a partir da década de 1970), aumentou o custo de vida das famílias (alimentação, vestuário, saúde, educação, transporte, moradia);
2)      Entrada da mulher no mercado de trabalho. Como era difícil as mulheres grávidas conseguirem emprego, elas optavam por terem cada vez menos filhos;
3)      Realização de campanhas de controle da natalidade fez aumentar o número de esterilizações entre as mulheres (laqueadora) e os homens (vasectomia);
4)      Popularização dos métodos contraceptivos (pílulas anticoncepcionais, preservativos).


A pluralidade cultural do povo brasileiro

                Os brasileiros possuem uma cultura extremamente rica e diversificada. Quando falamos em cultura, não estamos nos referindo ao conhecimento das pessoas, mas aos aspectos que dão identidade a um povo: língua, jeito de falar, de vestir, religiões praticadas, hábitos, costumes e tradições que são transmitidos de geração para geração.
                Essa pluralidade (diversidade) da cultura brasileira tem origem na formação da nossa população, que aconteceu a partir do encontro de diferentes povos: indígenas (nativos), portugueses (europeus), negros (africanos) e imigrantes (italianos, alemães, espanhóis, japoneses, árabes).
                Cada um desses povos deixou uma herança cultural que hoje está presente em nosso modo de vida:
1) portugueses: nos deixaram a língua, a religião católica e doces à base de leite e ovos;
2) indígenas: nos legaram o hábito de tomar banho diariamente, descansar em rede e utilizar alimentos preparados com a mandioca e o milho;
3) africanos: criaram a feijoada, o acarajé, o vatapá, a cocada;
4) italianos: nos deixaram a pizza, a macarronada, a lasanha e a polenta;
5) japoneses: nos apresentaram o sushi e o sashimi;
6) árabes: nos ensinaram a fazer quibes e esfirras.

Onde e como vivem os brasileiros

                O Brasil é um país populoso, ou seja, apresenta uma população numerosa. Entretanto, se distribuíssemos igualmente os brasileiros pelo território do país, encontraríamos apenas 22 brasileiros em cada quilômetro quadrado (21 hab/km2). Isso significa que a densidade demográfica (população relativa) brasileira é baixa. Alguns países possuem alta densidade demográfica: Bangladesh (1.064 hab/km2), Índia (345 hab/km2) e Japão (338 hab/km2).
                Para conhecer a densidade demográfica (população relativa) de um país basta dividir o número total de habitantes pela área total de seu território. Veja como calcular a densidade demográfica do Brasil:
·         Número total de habitantes: 190.736.694
·         Área total do território brasileiro: 8.514.876,5 km2


Dessa forma, podemos concluir que quanto maior o número de pessoas em um lugar, maior será a densidade demográfica desse lugar.

Por que a população brasileira está distribuída de maneira tão desigual pelo território?

                A população brasileira está distribuída de maneira desigual pelo território. Essa distribuição desigual está associada, principalmente, a fatores históricos econômicos.
                O processo de ocupação do território brasileiro pelos portugueses começou no início do século XVI, a partir do litoral. Assim, na faixa litorânea surgiram as primeiras cidades e se desenvolveram as atividades econômicas. O desenvolvimento da economia na região litorânea fez as cidades crescerem e se multiplicarem. Atualmente, 90% da população brasileira vive nessa região, onde estão concentradas as maiores cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
As áreas interioranas começaram a ser ocupadas de maneira mais efetiva a partir dos meados do século XX (1950) e as atividades econômicas estão ainda em sua fase inicial. Mesmo abrangendo quase a metade  do território brasileiro, o interior do Brasil abriga apenas 10% da população brasileira.

As migrações internas e o povoamento do interior do país

                O povoamento das regiões interioranas do Brasil, sobretudo as regiões Centro-Oeste e Norte, aconteceu por meio de fluxos migratórios que ocorreram a partir da segunda metade do século XX (1950).
                Nessas migrações, um imenso contingente populacional se deslocou das áreas mais povoadas do país (Nordeste, Sul e Sudeste) em direção às novas fronteiras agrícolas do cerrado (Centro-Oeste) e da floresta Amazônica (Norte). Essas migrações promoveram o rápido crescimento populacional dessas regiões que, até então, permaneciam como vazios demográficos (áreas quase despovoadas).
                O povoamento das regiões Centro-Oeste e Norte ocorreu a partir de três grandes fluxos migratórios:
·      Década de 1960: a pobreza de milhares de nordestinos levou grande quantidade deles a migrar em direção à Amazônia para trabalharem nas novas áreas agrícolas ou nos garimpos abertos no interior da floresta.
·      Décadas de 1960 e 1970: a construção da cidade de Brasília abriu milhares de postos de trabalho, atraindo milhares de nordestinos para a região Centro-Oeste.
·      Décadas de 1970 e 1980: o baixo preço das terras e a abertura de novas áreas de colonização agrícola atraíram grandes fluxos de gaúchos, catarinenses, paranaenses, paulistas e mineiros para o Centro-Oeste e Amazônia.

Brasil, país de grandes desigualdades sociais

                Uma das características mais marcantes da população brasileira é a existência de grandes desigualdades sociais. A desigualdade social pode ser facilmente observada na distribuição irregular da renda entre os brasileiros: alguns ganham muito e a maioria ganha pouco ou nada. Com isso verificamos a existência de bairros luxuosos ao lado de favelas, a existência de sofisticados shopping centers (onde se vendem grifes e produtos originais) e shoppings populares (onde se vendem mercadorias de “segunda linha”, não originais), automóveis importados e carros velhos, restaurantes requintados e restaurantes populares (onde se o cidadão pode comer com poucos reais no bolso), hospitais particulares com excelentes equipamentos e equipe médica, enquanto existem hospitais públicos que não têm sequer leitos para atender a população carente.
                A origem de tantas desigualdades sociais está relacionada ao modelo de desenvolvimento econômico implantado no Brasil desde o período colonial, onde a riqueza produzida no país fica concentrada nas mãos de uma pequena elite (grandes empresários, latifundiários e alguns políticos), enquanto a grande massa de trabalhadores, assalariada, vive em situação de pobreza, com rendimentos que não conseguem garantir sequer suas necessidades básicas de sobrevivência (alimentação, moradia, saúde, educação e vestuário).

A pirâmide etária brasileira vem mudando

                A estrutura etária (idade) da população brasileira vem mudando ao longo das últimas décadas. O país está passando por uma nova dinâmica demográfica, o que vem alterando a forma da pirâmide etária de nossa população em função das seguintes mudanças: redução no número de crianças e jovens (redução das taxas de natalidade), aumento da quantidade de adultos no conjunto da população (diminuição das taxas de mortalidade) e crescimento da quantidade de idosos na população (aumento da expectativa de vida).