quarta-feira, 10 de julho de 2013

7º. Ano

MÓDULO 4 – O RURAL E O URBANO: AS DUAS FACES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO

As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil

                O espaço geográfico é formado pelo espaço urbano e também pelo espaço rural. O espaço urbano é composto por vilas, povoados e cidades dos mais variados tamanhos. O espaço rural é formado por lavouras, pastagens e ecossistemas naturais preservados.
                No espaço rural encontramos pequenas propriedades onde são desenvolvidos pequenos cultivos, mas encontramos também imensas fazendas onde são cultivadas enormes lavouras com o uso de tratores, colheitadeiras, adubos, fertilizantes, irrigação etc.
                No espaço urbano encontramos vilas, povoados e pequenas cidades com algumas centenas ou milhares de habitantes até cidades enormes que abrigam milhões de pessoas.

Rural e urbano: espaços que se complementam

                Apesar de o espaço rural (campo) e o urbano (cidade) estarem separados espacialmente, eles mantêm muitas relações entre si. A ocorrência de uma seca prolongada ou uma forte geada compromete a produção de alimentos no espaço rural, fazendo aumentar o preço desses produtos nas feiras, mercados e supermercados do espaço urbano. Outro exemplo: as pessoas que vivem no campo (espaço rural) precisam vir à cidade (espaço urbano) para comprarem ferramentas e utensílios que são utilizados no campo.
                O campo e a cidade estão cada vez mais interligados pelas atividades econômicas que cada um desses espaços desenvolve, ou seja, as atividades econômicas praticadas no campo dependem das atividades realizadas na cidade e vice-versa. Veja o quadro abaixo:


A indústria orienta a organização do espaço rural

                Mesmo que o espaço urbano e o espaço rural dependam um do outro, a produção do campo acaba se subordinando às necessidades da indústria.
                De maneira geral, a indústria expande (cresce) motivada pelo aumento do consumo da população urbana. À medida que a indústria cresce, ela passa a necessitar cada vez mais de matérias-primas agrícolas, estimulando o campo a produzir gêneros para abastecer as fábricas.
                Se uma indústria de açúcar se instala na cidade, a maioria dos produtores rurais substitui seus cultivos ou pastagens por canaviais, cuja produção abastecerá as necessidades da indústria açucareira.
                Para suprir o crescente aumento das necessidades da indústria, o campo precisa fornecer um volume cada vez maior de matérias-primas. Para aumentar a produção de suas lavouras, o campo precisa se modernizar através de fertilizantes, adubos químicos, tratores e colheitadeiras. Para aumentar a produção do rebanho, o campo passa a comprar das indústrias vacinas, medicamentos e rações.
                No Brasil e, sobretudo no centro-sul do país, a modernização do campo vem ocorrendo desde as décadas de 1960 e 1970. A modernização do campo ocorre em função do desenvolvimento de pesquisas agropecuárias, pela instalação de indústrias ligadas ao campo (fábricas de tratores, implementos agrícolas, fertilizantes, adubos) e também pela expansão das agroindústrias e cooperativas agrícolas.
                As agroindústrias são empresas particulares que se destinam à industrialização de produtos agropecuários (usinas de açúcar e álcool; vinícolas (vinho); de suco concentrado; óleo vegetal; farinha; torrefação de café; laticínios; frigoríficos, dentre outras).

Fonte:


GARCIA, Valquíria Pires; BELLUCI, Beluce. Projeto Radix: geografia, 7º. ano. São Paulo: Scipione, 2009. pp. 84-93.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

9º. Ano

MÓDULO 4 – A AÇÃO HUMANA, A DINÂMICA NATURAL E AS QUESTÕES AMBIENTAIS
Os impactos ambientais estão alterando a dinâmica natural do planeta

                O aprimoramento das técnicas permitiu a sobrevivência do homem nos mais diversos lugares da superfície terrestre, inclusive nos lugares mais inóspitos do planeta (desertos, regiões geladas, florestas, montanhas). Esse aperfeiçoamento das técnicas ampliou o ritmo e a intensidade da ação do homem sobre o planeta.
                É através de seu trabalho que o homem age sobre espaço, explorando os recursos naturais do planeta e transformando os locais onde atua. Essa exploração dos recursos naturais provocou o surgimento e o agravamento dos problemas ambientais.
                São vários os problemas ambientais (impactos) que afetam os mais diferentes lugares da superfície terrestre, mas podemos citar:

- poluição do ar;
- poluição das águas;
- desmatamento;
- queimadas;
- chuvas ácidas;
- buraco na camada de ozônio;
- redução dos mananciais de água potável;
- extinção de seres vivos.

                À medida que os problemas ambientais se intensificam, seus efeitos passaram a ter consequências não apenas local e regional, mas também em escala global. Um exemplo são os gases tóxicos lançados pelas indústrias e escapamentos de veículos que são lançados na atmosfera e poluem o ar nos grandes centros urbanos, mas esses gases contribuem para o aumento do efeito estufa que interfere diretamente no clima do planeta.
                As agressões ao meio ambiente geram sérios impactos que afetam direta e indiretamente a dinâmica natural do planeta e os mecanismos que regulam e sustentam a vida na Terra. Pode-se dizer que vivemos uma intensa crise ambiental.

PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS

CHUVA ÁCIDA

                A chuva ácida é provocada pela produção de gases lançados na atmosfera, sobretudo o dióxido de enxofre (SO2) e o óxido nítrico (NO2), que se combinam com o vapor d’água presente na atmosfera e formam chuvas com teor de ácido sulfúrico (H2SO4) e ácido nítrico (HNO3). Há agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo, os vulcões. A atividade humana, contudo, é a principal causadora do fenômeno. Indústrias, usinas termoelétricas e veículos de transporte (que utilizam combustíveis fósseis) produzem subprodutos que se agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.
Devemos lembrar, contudo, que os poluentes, carregados pelos ventos, podem viajar milhares de quilômetros, provocando chuvas ácidas em locais muito distantes das fontes poluidoras.
A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca. Nos centros urbanos, pode deteriorar estruturas metálicas e construções.
Algumas medidas podem atenuar a formação de chuva ácida: economia de energia, uso de transporte coletivo, criação e uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, etc.


DESMATAMENTO

O desmatamento é uma das intervenções humanas que mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios danos ao clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica os ecossistemas e leva à extinção de centenas de espécies.
Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa. Portanto, quando o homem derruba florestas, também intensifica o problema do aquecimento global.
Dentre outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.
As políticas de reflorestamento, muito comentadas nos dias atuais, são apenas soluções parciais, pois, ainda que ajudem a conter o aquecimento global, dificilmente conseguirão recuperar a biodiversidade das regiões afetadas.




EFEITO ESTUFA

O efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários (15o C) à preservação da vida. Se não houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra apresentaria temperaturas médias abaixo de -10o C.
O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o aquecimento global.
Para se discutir o problema e encontrar soluções, várias reuniões internacionais têm sido realizadas. O principal documento aprovado até agora é o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, que estabelece metas de redução dos gases para diferentes países.




AQUECIMENTO GLOBAL

Trata-se do aumento da temperatura média da superfície terrestre. Alguns cientistas acreditam que, em breve, as temperaturas médias poderão estar entre 1,4o C e 5,8o C mais altas, quando comparadas às temperaturas de 1990.
Segundo alguns pesquisadores, o aquecimento global ocorre em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente os derivados da queima de combustíveis fósseis. Esses gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes de difícil dispersão, provocando o efeito estufa. Entre as principais consequências do aquecimento global, os cientistas apontam:

a) aumento do nível dos oceanos, provocado pelo derretimento das calotas polares, o que pode provocar, no futuro, a submersão de cidades litorâneas;

b) desertificação: o aumento da temperatura somado ao desmatamento provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando os ecossistemas e, muitas vezes, criando desertos;

c) ampliação do número de furacões, tufões e ciclones (a maior evaporação das águas dos oceanos potencializa esses fenômenos);

d) surgimento de violentas ondas de calor, o que pode provocar a morte de idosos, crianças e várias espécies de animais.




BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

O gás ozônio (O3) envolve a Terra na forma de uma frágil camada que protege a vida da ação dos raios ultravioleta (emitidos pelo Sol). Os raios ultravioleta causam mutações nos seres vivos, modificando as moléculas de DNA. Em seres humanos, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele e afetar o sistema imunológico.
Nos últimos anos, contudo, cientistas detectaram um "buraco" na camada de ozônio, exatamente sobre a Antártida, o que deixa sem proteção uma área de cerca de 30 milhões de km2.
Pesquisadores acreditam que o gás clorofluorcarbono (CFC) é o principal responsável pela destruição da camada de ozônio. Esse gás é utilizado em aparelhos de refrigeração, sprays e na produção de materiais como, por exemplo, o isopor. Ao chegar à atmosfera, o CFC entra em contato com grande quantidade de raios ultravioleta, que quebram as moléculas de CFC e liberam cloro. Este, por sua vez, rompe as moléculas de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). Ocorre que esses dois gases não são eficientes para proteger a Terra dos raios ultravioleta.
Em 1985, vários países assinaram a Convenção de Viena - e, dois anos depois, o Protocolo de Montreal -, se comprometendo a diminuir a produção de CFC.





ILHAS DE CALOR

Ilhas de calor é o nome que se dá a um fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nestas cidades, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas.
Para entendermos melhor este fenômeno climático, podemos usar como exemplo a cidade de São Paulo que é considerada uma ilha de calor. Como esta cidade tem grande concentração de asfalto (ruas, avenidas) e concreto (prédios, casas e outras construções), ela concentra mais calor, fazendo com que a temperatura fique acima da média dos municípios da região. A umidade relativa do ar também fica baixa nestas áreas.



INVERSÃO TÉRMICA

Este fenômeno climático ocorre principalmente nos grandes centros urbanos, regiões onde o nível de poluição é muito elevado. A inversão térmica ocorre quando há uma mudança abrupta de temperatura devido à inversão das camadas de ar frias e quentes.
Como ocorre a inversão térmica? A camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando numa região próxima a superfície terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, por ser mais leve, fica numa camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes.
Este fenômeno climático pode ocorrer em qualquer dia do ano, porém é no inverno que ele é mais comum. Nesta época do ano as chuvas são raras, dificultando ainda mais a dispersão dos poluentes, sendo que o problema se agrava.
Este fenômeno afeta diretamente a saúde das pessoas, principalmente das crianças, provocando doenças respiratórias, cansaço entre outros problemas de saúde. Pessoas que possuem doenças como, por exemplo, bronquite e asma são as mais afetadas com esta situação.




POLUIÇÃO SONORA

A poluição sonora tem vários fatores desencadeantes: o barulho é emitido principalmente por veículos automotores (caminhão, ônibus, carros, motos, carros de propaganda), na construção civil na qual os trabalhadores produzem sons o tempo todo e por vendedores ambulantes.
 Esse conjunto de emissores de sons funcionando simultaneamente alcança elevados índices, apesar das pessoas não terem conhecimento e muitas vezes não perceberem, devido ao convívio diário com o barulho. A poluição sonora pode causar problemas de saúde, como neurose e a perda gradativa da audição.


POLUIÇÃO VISUAL

Dá-se o nome de poluição visual ao excesso de elementos ligados à comunicação visual (como cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc.) dispostos em ambientes urbanos, especialmente em centros comerciais/shoppings centers e de serviços.
O modelo econômico capitalista, com os atuais padrões de produção, promove o incentivo exacerbado ao consumo. As propagandas publicitárias são uma forma de instigar a população ao consumismo. No entanto, essas propagandas espalhadas pela cidade atuam de forma prejudicial, escondendo a arquitetura original da cidade, gerando cansaço visual e até desencadeando acidentes no trânsito devido ao desvio de atenção dos motoristas e pedestres.
                Diferentemente dos outros tipos de poluição, como atmosférica, das águas, do solo e sonora, que geram problemas mais perceptíveis, a poluição visual gera transtornos, principalmente psicológicos, que muitas vezes não são notados pelas pessoas.




Fonte:

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira. Poluição visual. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/poluicao-visual.htm>. Acesso em: 05 jul. 2013.

FREITAS, Eduardo de. Poluição sonora e visual. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/poluicao-sonora-visual.htm>. Acesso em: 05 jul. 2013.

Ilhas de calor e inversão térmica. Disponível em: <http://planetaterra2010.wordpress.com/2009/01/31/ilhas-de-calor-e-inversao-termica/>. Acesso em: 05 jul. 2013.

Poluição visual. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_visual>. Acesso em: 05 jul. 2013.

Problemas ambientais. Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/problemas-ambientais.jhtm>. Acesso em 05 jul. 2013.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Gabarito

Professores,

Se desejarem modelos de avaliação dos Módulos 2 e 3 (7º. e 9º. Ano), favor enviar e-mail.




sexta-feira, 31 de maio de 2013

O planeta Terra

A Terra e seus movimentos

Apesar deste tema não estar contemplado no CBC de Geografia para o segundo segmento do Ensino Fundamental, resolvi fazer este objeto de aprendizagem (OA) como um teste no Xerte. Acredito que ele possa ser útil aos professores de Ciências, mas nada impede que os professores de Geografia o possam utilizá-lo. Este OA é de fácil navegação, totalmente intuitivo.

Brevemente estarei tentando postar um OA construído no Xerte.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

9º. Ano

WEBQUEST SOBRE CULTURA, NATUREZA E SOCIODIVERSIDADE

Os alunos deverão resolver e entregar a webquest abaixo: